INTRODUÇÃO / LÍBANO

A História da humanidade tem nos revelado belos exemplos do que pode um povo quando seus princípios se alicerçam na justiça, na fraternidade e na paz. São eles que conseguem dar um certo equilíbrio a um mundo conturbado, cheio de egoísmo e, não raras vezes, bélico.

O Líbano é um destes países, cuja tradição é exemplo de dignidade, respeito e admiração dos tradicionais povos pacíficos do mundo. Por muito tempo denominado "Suíça do Oriente", seu índice de analfabetos não ultrapassam os 10% da população. Sua posição estratégica une o Oriente ao Ocidente. Milênios atrás, funcionava ali numa faixa estreita costeira com 200 KM de extensão por 50 KM de largura, um centro comercial e marítimo da maior importância: a Fenícia. Foi palco de um verdadeiro desfile de civilizações e dali os fenícios criaram o alfabeto fonético que até hoje constitui a base de todos os alfabetos europeus, do Oriente Médio, e outros.


Relações Brasil / Líbano
É sabido que as relações dos povos brasileiro e libanês antecedem a própria independência do Líbano, em 22 de novembro de 1943.

Em 1876 o Imperador Dom Pedro II, realizou uma visita de cortesia ao Líbano, ainda sob o domínio do Império Otomano. Impressionado pelo trabalho espetacular dos primeiros libaneses que vieram ao Brasil, tanto pelo caráter, como pelo seu amor à nova pátria, ainda em Beirute, convidou aos que quisessem emigrar, sendo que os receberia de braços abertos nesta terra hospitaleira.

Os libaneses na ocasião o presentearam com uma biblioteca e um trono feito com a madeira de seus cedros, que simboliza a eternidade. Este trono pode ser visto hoje no Museu Imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Em retribuição, D. Pedro II ofereceu aos libaneses uma caixa de ouro e diamantes, que representa a riqueza das terras brasileiras. A imigração contemporânea iniciou-se em 1880 com a chegada simbólica de Youssef Mussa ao Rio de Janeiro.

Hoje vivem aqui, aproximadamente , 6 milhões de libaneses e descendentes, o maior número de imigrantes libaneses do mundo, que pela força do seu trabalho, perseverança e inteligência alcançaram notáveis posições em todas as áreas de atividades, contribuindo decisivamente para a formação da nacionalidade brasileira. A História é pródiga em exemplos que marcam o elo afetivo entre os dois países.

Em 1808 , quando a família real portuguesa chegou ao Brasil e ao saber que não havia encontrado à sua chegada um solar digno dela, um libanês ofereceu a sua casa para D. João VI afim de servir como residência da Família Real. Essa história consta dos arquivos da Biblioteca Nacional de Portugal. No documento, o nome do homem que praticou o nobre gesto: Antun Elias Lubbos, também conhecido pelo nome Antônio Lopes. E a casa que ele ofertou a D. João VI se tornou o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.
No museu Histórico e Geográfico e Nacional podem ser vistos a fotografia e documentos relacionados a essa sessão.

 


 

 

 


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